15 de abril de 2009

DECLARAÇÃO PLENÁRIA DO DCE - BAURU

A repressão tem várias faces

A diretoria negou alojamento aos estudantes no campus de Bauru, onde se realizaria o CEEUF (Conselho Entidades Estudantis da Unesp e Fatec), nos dias 04 e 05 de abril, oferecendo a base da Polícia Militar situada a cerca de 7km do campus para apenas 60 estudantes e sem transporte, inviabilizando, assim, a participação massiva das entidades estudantis.

No final das discussões do dia 04, os estudantes representantes de 15 Entidades Estudantes e 11 campi da Unesp e Fatec, deliberaram por permanecer dentro do campus da Unesp de Bauru, concentrados na sede do Diretório Acadêmico. A direção já havia previsto qualquer manifestação, orientando a segurança do campus a chamar a PM para retirar os estudantes que transgredissem a norma de não permanecer no campus após as 23h.


Hoje, na Unesp vemos a repressão se generalizando. Em Araraquara, 20 estudantes estavam sob o risco de serem jubilados apenas por perderem a data da matrícula! Rio Claro tem 2 estudantes sofrendo sindicância por defenderem a permanência de jovens da cidade no espaço dos estudantes. Em Prudente, a diretoria censurou o jornal do DA. Em Bauru, outros 5 estudantes enfrentam sindicância também por ocuparem o espaço estudantil. O campus novo de Franca foi entregue com várias câmeras espalhadas, passando por cima do acordo feito entre o ME e a diretoria, em 2007. A polícia entrou no campus de Rio Preto apreendeu instrumentos de percussão e foi aberto processo civil contra os estudantes.

Diante disso tudo o que nos resta é a mobilização. É mais que urgente entender que as medidas adotadas pelas diretorias dos campi estão ligadas ao processo de repressão dos estudantes que combatem o projeto de universidade que o governo nos está impondo. Enquanto em Araraquara a diretoria recuou após os estudantes invadirem a Congregação e, em Prudente, desencadeou- se o processo de ocupação da diretoria, nós permanecemos em estado de mobilização, organizados em comissões, ocupando nosso espaço estudantil, o DA, com o intuito de continuar com as discussões do CEEUF e como ato político contra mais um grave ataque da burocracia acadêmica contra a autonomia do movimento estudantil.

A segurança insiste por nomes para responsabilizar e punir os estudantes mobilizados.
Nada de cabeças expostas na praça pública!
Nenhum nome será dado à polícia.
Não negociamos com o aparato repressivo do governo.

Comissão de comunicação

Plenária do DCE/Bauru

05 de abril de 2009