29 de outubro de 2010
Propostas deliberadas no CEUF, em Marília, e na plenária aberta do DCE
15 de outubro de 2010
Por que estudantes e trabalhadores das universidades estaduais paulistas estão em ato?
Nós, estudantes da UNESP e da Fatec, junto de trabalhadores e estudantes da USP e da Unicamp, pertencentes a diversos cursos e espalhados pelas cidades do interior de São Paulo, viemos até a frente da Reitoria da UNESP para exigirmos iguais condições de estudo para toda a população brasileira, por meio de um ensino unicamente público, gratuito, presencial, com qualidade e que esteja centrado nos interesses da maioria da população.
Estamos em período eleitoral, mas sabemos que as nossas reivindicações por educação, saúde, lazer, cultura, etc., não serão conquistadas pelo voto. Independente de quem ocupa o assento de presidente ou governador, nós exigimos condições iguais de estudo para toda a população, baseada no caráter público, gratuito, presencial e de qualidade do ensino!
Nossas reivindicações estão atreladas ao desejo pela Democratização do Ensino Superior e à luta pelo fim dos gargalos e discriminações contra a maioria da população que deseja estudar, que são os vestibulares. Exigimos que as Universidades garantam as condições de manutenção dos estudantes universitários em seus cursos, para pôr fim à evasão estudantil devido à falta de dinheiro para se manterem em outra cidade, assim como à falta de condições de Permanência Estudantil para que a juventude trabalhadora possa ter acesso a um ensino superior gratuito e presencial nas mesmas condições do jovem que não precisa trabalhar.
As universidades privadas vendem ilusões de certificações e diplomas sem nenhuma garantia de qualidade, além de receberem grandes quantias de verba dos governos e cobrarem altíssimas mensalidades pela educação que vendem. São estes os mesmo governos que usam a UNESP e a FATEC de palanque eleitoral, subsidiando expansões de cursos voltadas às grandes empresas e aos filhos das elites, transferindo o financiamento das Universidades Públicas do Estado para as multinacionais, em detrimento dos cursos de formação de professores e das pesquisas voltadas ao atendimento da maioria da população e que vendem esse projeto como se estivessem democratizando o Ensino Superior, quando na verdade estão apenas elitizando ainda mais as universidades públicas, deixando aqueles que não tem condições de fora ou à mercê dos tubarões de ensino que rapinam todo o salário mensal do jovem trabalhador com suas caríssimas mensalidades! Educação não é mercadoria!
Nós, estudantes e trabalhadores das estaduais paulistas, queremos demonstrar para a população o quanto os governos e os seus administradores públicos dentro das Universidades – os reitores e a burocracia acadêmica – não se importam com os interesses reais da sociedade com relação à democratização do acesso ao ensino superior e o quanto fazem o possível para perseguir e reprimir qualquer estudante, trabalhador ou professor que ouse se colocar contra esses desmandos e lutar pelo direito de uma educação pública, gratuito e de acesso irrestrito a todos.
Também queremos manifestar nosso apoio a luta de todos os trabalhadores, começando pelos funcionários públicos das universidades de São Paulo contra a repressão dos governos e reitorias, pois enxergamos que somente com essa aliança entre estudantes e trabalhadores conseguiremos romper com essa lógica elitista e racista de educação e assim contribuir para uma sociedade mais justa, já que todas(os) somos vítimas dos mesmos desmandos dos administradores públicos e da mesma exploração e opressão deste sistema.
* Pelo fim do vestibular através da estatização dos grandes monopólios de universidades privadas! Pela real democratização do acesso à Universidade, contra as reformas neoliberais e ataques burgueses às universidades, que naturalizam a opressão da classe trabalhadora!
* Pelo fim do ensino à distância, que todas as vagas virtuais sejam revertidas em vagas presencias!
* Por uma política plena de permanência estudantil, que atenda a demanda!
*Pela aliança-operário estudantil e com os demais setores oprimidos da população! Por uma ampla campanha contra a terceirização dentro e fora das universidades e a imediata incorporação das/os trabalhadoras/es terceirizadas/os sem concurso público!
* Por um projeto de Universidade a serviço da classe trabalhadora e do povo explorado e oprimido!
* Basta de trabalho e ensino precarizados! Por uma educação pública, gratuita e de qualidade para todas/os!
14 de outubro de 2010
Conselho de Entidades Estudantis da Unesp e Fatec - 16 e 17 de outubro de 2010
O Conselho de Estidades Estudantis da Unesp e Fatec (CEEUF) ocorrerá neste final de semana, dias 16 e 17, em São Paulo, no Sindicato da Apeoesp (local a confirmar). Este conselho foi marcado no último Congresso dos Estudantes da Unesp e da Fatec (CEUF), realizado no campus de Marília entre os dias 17 e 19 de setembro, e terá como eixos principais as reformas neoliberais e os ataques aos lutadores das universidades, eleições do Diretório Central dos Estudantes (DCE), organização da calourada unificada e a continuidade das discussões e deliberações do último Congresso, além da previsão do próximo Congresso, em 2011.
Portanto, é importante que as entidades organizem os documentos necessários para a indicação de delegadas/os para o Conselho. Tais documentos perfazem a ata de posse da gestão do Diretório Acadêmico ou do Centro Acadêmico e o respectivo estatuto da entidade. Caso a(s)/o(s) delegada(s)/o(s) não pertençam à gestão da entidade de representação estudantil, é necessário uma carta de indicação redigida pela gestão.
Ressalta-se que no dia 15 ocorrerá o ato na reitoria da Unesp e atividades programadas na USP com estudantes e trabalhadores, estreitando dessa forma a relação entre as estaduais paulistas e fortalecendo a unidade operária estudantil.
Segue abaixo a programação do CEEUF :
Sábado
- Às 14h serão realizados grupos de discussão sobre reformas neoliberais nas universidades
- Às 19h serão iniciadas as discussões da pauta do CEEUF, com encerramento previsto para as 22h.
Pauta do CEEUF:
1. Continuação das deliberações do CEUF
2. CEUF de 2011
3. Eleições para o DCE
4. Calourada unificada
Domingo
- Às 9h serão prosseguidos os itens da pauta do Conselho
- Às 14h fica prevista a plenária final, com término esperado para as 18h
12 de outubro de 2010
Nota do boletim do Fórum das Seis a respeito do Ato na reitoria
Estudantes da Unesp convidam para ato em 15/10
Na reunião realizada pelo Fórum em 7/10, compareceram estudantes da recém-eleita diretoria provisória do DCE da Unesp/Fatec. Eles convidam os estudantes da USP, Unicamp e Centro Paula Souza, bem como servidores docentes e técnico-administrativos das três universidades e do Ceeteps, para um ato público que pretendem realizar no dia 15/10, em frente à reitoria da Unesp.
Eles informam que estão ocorrendo assembleias estudantis em várias unidades da Unesp e que a perspectiva é de boa participação no ato. A manifestação terá como eixo a luta pelas demandas gerais de mais recursos para a permanência estudantil e específicas das universidades e contra a repressão a estudantes e trabalhadores. A proposta é seguir até a Faculdade de Direito da USP, em protesto contra os ataques do reitor João Grandino Rodas à organização de estudantes e trabalhadores daquela universidade.
Para visualizar o Boletim completo, acesse: http://www.sintunesp.org.br/forum6/Boletim_08-10-2010.pdf
Atenção: os decretos voltaram!
Os Decretos Serra foram barrados de conjunto em 2007 pela luta de trabalhadoras/es, estudantes e professoras/es das estaduais paulistas com greves, atos e as ocupações das reitorias da USP, UNICAMP e de direções de mais de 12 unidades da UNESP. Apesar disso, eles vem sendo aplicados de forma dispersa e gradual nas estaduais paulistas desde então. Seu conteúdo se manteve em projetos como a Universidade Virtual (UNIVESP), o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) na UNESP, do surgimento de dezenas de fundações privadas e através da terceirização do trabalho. Projetos que são expressões de uma mesma política neoliberal para a educação no Estado de São Paulo e em todo o país e responsável pelas degradantes condições de ensino e trabalho em todos os níveis da educação, seja pública ou privada.
Porém, nas últimas semanas, se aproveitando do vácuo eleitoral, o governo decidiu aumentar a ofensiva. J. G. Rodas, reitor-ditador da USP, aprovou no Conselho Universitário um projeto que vem sendo chamado de “reforma da USP”. A explicação do reitor é a de que, depois de uma fase de expansão, é hora de prezar pela qualidade da universidade. Para isso, será preciso reavaliar todos os cursos e grades curriculares e enxugar tudo aquilo que não contribuía para tornar a universidade mais “excelente”. As unidades que não aderirem à nova reforma vão sofrer ver suas já escassas verbas reduzirem ainda mais. Além disso, com a reforma, professoras/es e trabalhadoras/es serão demitidas/os.
Embora os nomes mudem e os projetos sejam múltiplos, a política de fundo é a mesma. Na verdade, trata-se de atrelar mais e mais as universidades aos interesses dos monopólios, do latifúndio e grandes empresas. No fim das contas, as já elitizadas universidades públicas tornam-se cada vez mais privadas e afastadas dos interesses concretos da maior parte da população — que a mantêm por meio dos impostos: as/os trabalhadoras/es, a população pobre e marginalizada e as minorias.
A repressão com a qual convivemos no cotidiano de nossas universidades através da perseguição as entidades estudantis, sindicatos, estudantes e trabalhadoras/es combativas/os como o SINTUSP, das sindicâncias e processos judiciais, das suspensões e demissões e até com o corte de salários nada mais é do que o método permanente escolhido pelos governos para reprimir não só os que resistem dentro da universidade e das escolas, como também ao conjunto da população pobre e negra que vive nos morros e favelas de nossas cidades, além da perseguição, assédios e violência contra mulheres, homossexuais, indígenas, crianças, etc..
Frente a mais esse ataque e contra a repressão, nós do DCE da UNESP chamamos todos os centros acadêmicos e diretórios das três estaduais e, principalmente, os DCE’s da USP e da UNICAMP; assim como o conjunto das/dos estudantes, trabalhadoras/es e professoras/es e toda a população para somar-se aoato unificado dia 15 de Outubro. Iremos marchar até a reitoria da UNESP e entregar ao reitor Herman a pauta específica de cada um de nossos campi e depois marcharemos até o Largo São Francisco, protestar em frente a Faculdade de Direito da USP contra a nova reforma de Rodas.
Após o ato chamamos também uma Plenária das Estaduais Paulistas para organizar ações conjuntas, massificar o debate na base estudantil e construir as próximas ações conjuntas.
DIA 15/10: FAZER AS REITORIAS TREMEREM!
TODAS/OS AO ATO EM SÃO PAULO EM DE FESA DA UNIVERSIDADE PÚBLICA GRATUITA, DE QUALIDADE PARA TODAS/OS À SERVIÇO DE TODA A POPULAÇÃO.