26 de novembro de 2010

I FESTIVAL INTERUNESP CONTRA A OPRESSÃO

PROGRAMAÇÃO


3 DE DEZEMBRO – I FESTIVAL INTERUNESP CONTRA AS OPRESSÕES

17H – SHOW: DESCASCANDO CEBOLA – Marília – SP (Chorinho)

TEATRO: Cia Mobiles (Peça; Brutas Flores)

19H30 - MESA REDONDA: “Machismo, racismo e homofobia nas universidades. brasileiras” – representantes dos movimentos negro, feministas e LGBTT.

SHOW: YODO – Assis – SP (Rock and Roll)

SHOW: Fuá de Fulo (Forró) – Marilia - SP

SHOW: PODEROSO CHEFÃO – Marília – SP (Rock And Roll)

SHOW – PARTIDO DOS POETAS POBRES – Marilia (Indie Rock)

4 DE DEZEMBRO - I FESTIVAL INTERUNESP CONTRA AS OPRESSÕES

13H – Tamires (Dança Afro), Oficina de Práticas Circenses, Oficina de Yoga Sat Sung, Latuff (Cartunista e Ativista), Graffite, Bateria Resistencia

PALCO

14h - DEBATE: Arte e Política: Fábio e Santiago “Luizito”

DAS 16H EM DIANTE, SHOWS:

Alunte (Mpb) – Marilia - SP

Moradas Band (Rock - Moradia)

VINDOS DA MATA – Batatais – SP (Reggae)

KATAVENTO- São Paulo – SP (Reggae)

Neto, Jhonny, Afrorima (HIP HOP)

PROJETO PAIERO – Franca – SP (Indie Rock)

MR.LÚDICO – São Paulo – SP (Folk Rock)

Bruno Bock (Experimental)

JAMES RICOTSKY E THE ORIGINAL DANCERS – São Paulo (Experimental)

OS RÉLPIS – Araraquara – SP (Psicodélico)

I Festival INTERUNESP Contra a Opressão

EM BREVE DISPONIBILIZAREMOS A PROGRAMAÇÃO COMPLETA...

25 de novembro de 2010

Nota do DCE da Unesp – Fatec à imprensa, comunidade universitária e à sociedade

Reitoria da Unesp tenta impedir o “I Festival Interunesp Contra as Opressões” e ameaça o movimento estudantil com punições, enquanto os agressores do “rodeio das gordas” seguem impunes!

Como é de conhecimento público, nosso DCE vem impulsionando uma ampla campanha contra o “rodeio das gordas”, ligada à luta contra a opressão e ao projeto de universidade mercantilizado que forma este tipo de “estudante”.

A poucos dias da denúncia da ação execrável intitulada “rodeio das gordas”, o DCE veio a denunciar em sua declaração pública (Leia completa: http://dceunespfatec.blogspot.com/2010/11/declaracao-do-dce-da-unesp-fatec-sobre_04.html) que “a reitoria deixa um posicionamento vago quanto à punição aos estudantes que cometeram a violência, tentando se isentar em base nos procedimentos burocráticos aos quais o caso deve ser submetido. O que não vem a público é que a punição aos movimentos em defesa da universidade pública e democrática é imediata e voraz”.

Desde então, os fatos vêm comprovando de maneira enfática tal afirmação. Sabemos que estudantes agredid@s não aparecem mais na Unesp devido à humilhação que sofreram e que há casos em que as vítimas são diretamente punidas no final do processo. No caso do "rodeio das gordas", vemos que e a principal preocupação da reitoria vem sendo declaradamente a “imagem” da Unesp, a “necessidade da defesa” por parte dos agressores e a intimidação/retaliação aos que estão denunciando o “rodeio das gordas”: o movimento estudantil.

A única ação que a reitoria teve foi a criação de uma comissão de sindicância, da qual a única notícia que se tem é que colheu depoimento de 2 estudantes de Assis(mais de 50 participaram do "rodeio" e segundo alguns relatos eram 80). A reitoria ainda não tornou público esses depoimentos e anunciou que o resultado do “trabalho” dessa comissão será divulgado somente no dia 28 de dezembro, ou seja, a melhor data para tudo literalmente “acabar em pizza”.

Enquanto isso, é notável como a reitoria está ativa contra o movimento estudantil, iniciando uma verdadeira “caça às bruxas”. Em primeiro lugar, quis desmarcar a reunião de negociação que estava agendada para o dia 17/11. Após a nossa insistência em sua manutenção, tentaram proibir que exercêssemos nosso direito democrático de nos manifestarmos em frente à reitoria.

Nessa reunião, que afinal aconteceu, o nosso primeiro ponto de pauta era: 1 - Frente ao posicionamento da reitoria – que se coloca contra o caso de assédio e agressão contra as mulheres ocorrido nos “Jogos INTERUNESP 2010” – exigimos que, assim como fez nos “Jogos”, a reitoria da UNESP banque pelas Unidades o transporte dos estudantes interessados em participar do “Festival-ato INTERUNESP contra a opressão” que será realizado no campus de Marília nos dias 03 e 04 de dezembro”. Com a discussão, a reitoria se comprometeu a emitir um comunicado às diretorias de cada uma das unidades da Unesp recomendando que cedessem o transporte necessário para levar os estudantes dos campi à Marília. Esta foi a única “concessão” da reunião, onde primou a intransigência total frente a todas as nossas demandas.

Para isso, a reitoria solicitou o envio da programação do festival, que foi devidamente protocolada na data acordada. No entanto, depois do cumprimento por parte do movimento estudantil de todas as exigências feitas pela reitoria, com inclusive pronunciamentos de representantes da mesma de que poderíamos ficar tranqüilos em relação ao transporte e ao espaço da Unesp Marília, a reitoria mudou completamente sua linha, de um dia para o outro. Criou uma nova “exigência”, que seria protocolar o projeto na diretoria de Marília (onde também estava tudo acordado previamente com a diretoria em base a uma série de reuniões, tendo esta também manifestado seu apoio à iniciativa), porém, desta vez com um prazo que já estaria esgotado! Fazendo exatamente o contrário do que havia se comprometido numa reunião (17/11), que está gravada (inclusive, até agora não nos foi disponibilizada a gravação, conforme haviam se comprometido, pelo envio de cópias via malote aos representantes do DCE), a reitoria emitiu um comunicado a todas as diretorias orientando a não concessão dos ônibus aos estudantes, fazendo retroceder em casos como o de Botucatu, onde o diretor já sinalizava positivamente no auxílio do transporte.

Mas o mais absurdo é que desde que começamos uma campanha em toda a Unesp contra o “rodeio das gordas”, começou uma escalada de ameaças, intimidações e retaliações contra o movimento estudantil. Em primeiro lugar, poucos dias após a reunião de 17/11, a reitoria emitiu uma notificação em nome do seu procurador, exigindo explicações sobre a declaração do DCE frente ao “rodeio das gordas”, com a ameaça descarada de punição aos estudantes “nos termos previstos em lei e nos regimentos da universidade”.

A declaração que a reitoria diz lhe causar perplexidade, é a mesma que diz que “é importante destacar que esta burocracia acadêmica, que sempre nega qualquer auxílio de transporte para as atividades do movimento estudantil, financiou com a maior tranqüilidade vários ônibus para o Interunesp neste ano, mesmo tendo conhecimento que este espaço legitima a opressão”. Uma vez mais, estávamos corretos. A reitoria está nos ameaçando por vinculá-la aos “Jogos Interunesp”, como se estivéssemos cometendo um crime, mas basta qualquer pessoa comum acessar o site da UNESP (www.unesp.br) e pesquisar a palavra "INTERUNESP" na caixa de texto "buscar no site", para ter acesso a uma lista de notícias, entre as quais pode-se ler "Organizado pelas associações Atléticas de cada campus participante, o evento contou não só com recursos fornecidos pela Reitoria da UNESP, mas também com a colaboração das Prefeituras dos dois municípios sedes.", numa matéria sobre a edição de 2003 do evento; ou, senão, a Reitoria comemorando o primeiro INTERUNESP com a chamada "Semente da integração começa a germinar"; ou ainda o ex-reitor Macari, do qualHerman Jacobus Cornelis Voorwald (atual reitor) era vice, dizendo que gostaria de incluir outras modalidades no INTERUNESP, que, inclusive, em alguns campi, as Comissões de Esporte, instâncias de gestão da universidade, tem como tarefa estatutária organizar!

Viemos através desta denunciar frente a imprensa, a comunidade universitária e a sociedade esta política da reitoria da Unesp que, como dissemos e se comprova a cada dia: é conivente com os agressores do “rodeio das gordas” e segue a mesma cartilha do Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas na hora de reprimir.

Isso se comprova ao observarmos que neste momento, a reitoria da USP está ameaçando de expulsão 21 estudantes, em base a um decreto da ditadura militar, além de aprofundar cada vez mais a repressão ao Sintusp. Para eles, não bastou manchar a história da universidade com a invasão da PM em 2009 na USP, assim como em 2007 na Unesp-Araraquara. Contra essa ofensiva que relembra os tempos da ditadura, no último dia 30/11 realizou-se um ato contra a repressão naquela universidade, com centenas de pessoas e com o apoio de professores como Marilena Chauí, Chico de Oliveira e a presença de Paulo Arantes, Jorge Luiz Souto Maior, Marcus Orione, Otaviano Helene, Álvaro Bianchi, Antônio Carlos Mazzeo e vários outros. É apenas mais uma demonstração que o movimento não vai se intimidar frente à repressão para impor um projeto ainda mais elitista de universidade. Nosso DCE esteve presente neste ato e além colocarmos todas as nossas forças à disposição deste que estão sendo ameaçados pela reitoria da USP, também recebemos várias declarações de apoio ao nosso festival por parte de importantes intelectuais e entidades ali presentes (ver no blog do DCE), que se somam às declarações contra o “rodeio das gordas” e da Ordem dos Advogados do Brasil, das Católicas Pelo Direito de Decidir, da Associação de Professores da PUC, do Sintusp, da Adunesp e diversas outras.

À reitoria da Unesp dizemos: vamos realizar o I Festival Inteunesp Contra as Opressões (ver programação no blog)! Qualquer repressão será de responsabilidade da reitoria e será nada mais do que uma comprovação do que dizemos: é conivente com os agressores e persegue os que lutam contra! Não vamos nos intimidar frente às ameaças, pois a necessidade de lutar contra esta aberração que ocorreu na universidade é para nós um princípio, mesmo que para vocês não seja. Chamamos a todos novamente a participarem e apoiarem o nosso festival e campanha.

Pela punição exemplar das dezenas de agressores do “rodeio das gordas”!

Abaixo a repressão!

Todos ao I Festival Contra as Opressões! Neste final de semana (dias 3 e 4 de dezembro), em Marília!

21 de novembro de 2010

DCE da UNESP e da FATEC repudia os casos de violência contra homossexuais!


Nos últimos dias, vieram à tona seguidos casos de violência contra homossexuais. Um deles ocorreu mais uma vez em nossa universidade, em uma festa universitária no dia 17 de novembro na UNESP de Botucatu. Um grupo de amigos foi agredido e obrigado por outros estudantes a deixar a festa por serem homossexuais. Na avenida Paulista, em São Paulo, jovens de classe média alta saíram pela rua espancando homossexuais que encontravam pelo caminho. E, no Rio de Janeiro, outro jovem foi baleado por um sargento do exército depois de participar da Parada Gay em Copacabana.

Essa seqüência de casos de violência contra homossexuais mostra que muito para além de fatos isolados, estamos diante de uma realidade permanentemente opressora, seja na universidade, seja fora dela. Nós, do DCE da UNESP e da FATEC, em luta nesse momento para que o debate aberto frente a indignação ao repulsivo “rodeio das gordas” não seja abafado, manifestamos aqui nosso completo repúdio e indignação com mais esses casos. Os responsáveis pelo que aconteceu no INTERUNESP são os mesmos que agridem homossexuais, ou então, que promovem a intolerância contra nordestinos e é a eles que declaramos guerra!

Denunciamos aqui mais uma vez a conivência e o estímulo e de nossas reitorias e dos governos às distintas formas de opressão que reproduzem cotidianamente a barbárie em nossa sociedade. A homofobia, assim como as outras formas de opressão, é um dos pilares da ideologia conservadora dos que administram as instituições de nossa sociedade.

Nos colocamos a disposição e convidamos todas/os as/os estudantes e trabalhadoras/es a, juntos, intensificarmos a campanha contra a violência e a opressão e pelos direitos democráticos das mulheres, das negras e negros, dos homossexuais e dos oprimidos em geral!


-Vamos todas/os organizar o I FESTIVAL INTERUNESP Contra a Opressão!


-Pelo fim da violência contras as/os homossexuais!


-LUTEMOS TODAS/OS JUNTAS/OS PELOS DIREITOS DAS MULHERES, DOS NEGROS E DAS/OS HOMOSSEXUAIS!


DCE “Helenira Rezende” da UNESP e FATEC

13 de novembro de 2010

Chamado aos artistas! Construamos o festival-ato INTERUNESP contra a opressão!

A última edição do INTERUNESP na cidade de Araraquara foi palco de cenas de violência explicita contra a mulher com o chamado “rodeio de gordas”. Este consistia em que os homens inscritos em uma competição montassem em cima da estudante ridicularizando-a perante todos que estavam participando da festa. Este ato nos revela o quanto se naturalizou a imposição de um padrão estético aos corpos femininos e a idéia da mulher como objeto ao desfrute dos homens.


Na Universidade de São Paulo, nos deparamos no começo deste ano com a proposta de premiação por parte um jornal organizado por um grupo de estudantes para quem “arremessasse fezes em um gay” e mais recentemente com as agressões físicas contra um casal de homossexuais em uma festa da Escola de Comunicação e Artes (ECA). Ainda na capital paulista, vemos o surgimento de um movimento que pede a morte de nordestinos e que já planejam até atos por uma “São Paulo para os paulistanos”.


O Diretório Central dos Estudantes da Unesp-Fatec, em resposta a execrável atitude ocorrida no INTERUNESP convocou a realização de um grande Festival contra as opressões. O chamado à construção do festival abre o debate sobre o papel que deve cumprir as manifestações artísticas e atuação dos artistas em geral. Estes se colocaram muitas vezes na linha de frente contra as tendências retrógradas que teimam voltar às cenas. Reivindicamos este setor importante de artistas que sempre foi o mais corajoso em combater com sua arte as tendências preconceituosas e autoritárias de todo tipo. Foi assim na ditadura militar com Chico Buarque, Teatro Oficina, Geraldo Vandré entre muitos. Recentemente, acolhemos com entusiasmo o apoio de Tom Zé e BNegão entre outros quando das perseguições do governo do estado ao combativo sindicato dos trabalhadores da USP.


A partir disso, convidamos a todas/os artistas que se colocam na perspectiva de superação da discriminação e opressão a construírem este grande festival que será realizado nos dias 27 de novembro no campus da UNESP/Marília.


Enquanto entidade estudantil estamos encontrando dificuldades financeiras para a realização do festival. No entanto, antecipamos que estamos dispostos a arcar com todas as despesas com estadia e transporte daqueles que se propuserem a se apresentar durante o festival. Além disso, iniciamos uma campanha financeira para tentar arcar com as despesas do festival, portanto, estamos abertos a conversar sobre o pagamento dos próprios shows, ainda que ressaltamos que este chamado tem o objetivo de sensibilizar os/as artistas de participarem solidariamente do mesmo.


Também chamamos a todos os que não possam participar, que façam uma declaração filmada ou escrita, que digam se podem participar de outras atividades em outra data e local ou se podem dar outro tipo de colaboração à esta importante campanha.


Os artistas e as artistas devem se colocar contra estas violências!
Construamos uma grande campanha contra a opressão!

Diretório Central dos Estudantes da UNESP/Fatec – Helenira Rezende dceunespfatec.blogspot.com
Entre em contato com o DCE para organizarmos juntas/os essa luta: dceunespfatec@gmail.com
Telefone: Daniel (14) 8804-0557

7 de novembro de 2010

Moção de Repúdio aos agressores e autores do “Rodeio das Gordas”

Nós, trabalhadoras e trabalhadores da USP, reunidos em assembléia no dia 05 de novembro de 2010, repudiamos a realização do chamado “Rodeio das Gordas” no Interunesp deste ano, evento esportivo que reúne todos os campi da UNESP. Este ato, que consistia em “montar” sobre meninas gordas simulando um rodeio, é um ato execrável que devemos repudiar com todas as nossas forças, pois concentra a mais degradante e violenta opressão desta sociedade capitalista em que vivemos.

Não devemos aceitar a imposição de um padrão de beleza, tampouco devemos aceitar a naturalização deste tipo de violência, que ocorre todos os dias, às vezes de forma velada, às vezes de forma absurda – como no “Rodeio das Gordas”. Repudiamos também a Reitoria e as Diretorias da UNESP, que têm “mão firme” com os lutadores, e “mão leve” com os agressores, estando estes últimos até o momento sem nenhuma punição.


O Sindicato de Trabalhadores da USP (Sintusp) se incorpora ao chamado do Diretório Central de Estudantes da UNESP na convocação de um ato para o dia 17 de novembro em frente à Reitoria da Unesp e na realização de um grande Festival Interunesp contra a Opressão nos dias 26 e 27 de novembro.

Punição aos agressores! Por uma comissão independente de investigação!

Não ao “Rodeio das Gordas”! Basta de opressão e violência contra as mulheres!

Assembléia de Trabalhadoras e Trabalhadores da USP

05 de novembro de 2010

www.sintusp.org.br

5 de novembro de 2010

SINTUSP se incorpora ao ato do dia 17/11 a à luta contra a opressão!

Moção de Repúdio aos agressores e autores do “Rodeio das Gordas”
Assembléia de Trabalhadoras e Trabalhadores da USP


Nós, trabalhadoras e trabalhadores da USP, reunidos em assembléia no dia 05 de novembro de 2010, repudiamos a realização do chamado “Rodeio das Gordas” no Interunesp deste ano, evento esportivo que reúne todos os campi da UNESP. Este ato, que consistia em “montar” sobre meninas gordas simulando um rodeio, é um ato execrável que devemos repudiar com todas as nossas forças, pois concentra a mais degradante e violenta opressão desta sociedade capitalista em que vivemos.

Não devemos aceitar a imposição de um padrão de beleza, tampouco devemos aceitar a naturalização deste tipo de violência, que ocorre todos os dias, às vezes de forma velada, às vezes de forma absurda – como no “Rodeio das Gordas”. Repudiamos também a Reitoria e as Diretorias da UNESP, que têm “mão firme” com os lutadores, e “mão leve” com os agressores, estando estes últimos até o momento sem nenhuma punição.

O Sindicato de Trabalhadores da USP (Sintusp) se incorpora ao chamado do Diretório Central de Estudantes da UNESP na convocação de um ato para o dia 17 de novembro em frente à Reitoria da Unesp e na realização de um grande Festival Interunesp contra a Opressão nos dias 26 e 27 de novembro.

Punição aos agressores! Por uma comissão independente de investigação!
Não ao “Rodeio das Gordas”! Basta de opressão e violência contra as mulheres!

05 de novembro de 2010
www.sintusp.org.br

4 de novembro de 2010

Adunesp repudia preconceito e discriminação

Os fatos ocorridos durante os jogos universitários realizados em Araraquara, o InterUnesp, de 9 a 12 de outubro, merecem reflexão e posicionamento por parte da comunidade acadêmica e da sociedade. A conduta de um grupo de alunos, que organizaram um “rodeio” para conferir quem conseguiria ficar mais tempo “montado” em colegas obesas, exige um debate mais amplo.

Naturalmente, não se trata de conferir sensacionalismo ao caso, como vem fazendo parte da imprensa, sempre pronta a lucrar com a tragédia humana, nem de estabelecer um processo inquisitorial contra os autores. O que se deseja é extrair do fato a necessária reflexão, que contribua para que nunca mais ocorra nada sequer semelhante.

O que houve em Araraquara, longe de uma simples “brincadeira”, como procuram caracterizar seus autores, foi uma agressão à mulher e, também, à dignidade humana. O que houve foi violência física e psicológica, assédio moral, discriminação e preconceito. Se tudo isso é considerado inaceitável na sociedade em geral, mais ainda o deveria ser numa instituição que se julga a vanguarda do conhecimento e da democracia no país, na qual deveriam ser formados cidadãos críticos e progressistas.

Não podemos, em absoluto, banalizar o acontecimento, sob pena de que atos de violência contra minorias – sociais, políticas, étnico-raciais, religiosas, culturais, sexuais – sejam vistos com naturalidade. O “rodeio” humano de Araraquara, as agressões contra indígenas ou moradores de rua, contra mulheres e homossexuais... são fatos que guardam proximidade e florescem entre filhos da classe média.

A insensibilidade diante da dor do outro e o desejo inconsciente de eliminar os considerados frágeis ou, simplesmente, diferentes, refletem comportamentos que levaram, historicamente, a movimentos xenófobos e a extremos como o fascismo e o nazismo. Uma educação mais humanitária, por certo, ajudaria estes jovens a refletirem mais sobre a dor alheia.

A capacidade de nos indignarmos contra a opressão, em qualquer âmbito da vida em que ocorra, é um tesouro do qual não podemos abrir mão. É com ela que devemos contar para barrar os ataques à nossa prática docente, o produtivismo exacerbado que campeia na universidade pública, as pressões privatistas e a busca da saída individual diante das más condições salariais e de trabalho, entre outros.

Como diz a célebre poesia... “na primeira noite, eles se aproximam e colhem uma flor de nosso jardim...pisam as flores... roubam-nos a lua...arrancam-nos a voz da garganta... e não dizemos nada?”.


São Paulo, 29 de outubro de 2010
Adunesp S. Sindical

Declaração do DCE da Unesp – Fatec sobre o “rodeio das gordas” no InterUnesp


É com profunda indignação que nós do Diretório Central dos Estudantes manifestamos nosso repúdio aos estudantes idealizadores e executores da violência contras as mulheres intitulada "rodeio das gordas".

O feito animalesco destes execráveis estudantes expressa dentro da Universidade os valores mais conservadores da sociedade: o racismo, a opressão às mulheres, a homofobia etc. A estigmatização do corpo das mulheres por um padrão de beleza é uma das facetas mais nefastas desta sociedade. A naturalização - por parte da sociedade, através da mídia, de seus intelectuais e das próprias instituições que dissimulam a violência e opressão, - de um padrão estético e de uma imagem abusiva e de consumo das mulheres enquanto objetos de desfrute dos homens criam uma criminosa legitimidade para barbaridades como esta ou como a agressão a um casal de homossexuais numa festa organizada pela Atlética (mais uma vez as Atléticas!) da ECA-USP (realizada no último dia 23 de outubro). Elemento fundamental, ignorado, desse padrão estético é a perpetuação quase inconsciente do racismo já que a medida da beleza, do correto, da normalidade é a pele branca, os cabelos lisos e o corpo esbelto e jovem.

O meio universitário deveria irradiar os valores mais avançados da sociedade. Isso se fez real em vários momentos históricos, com as/os estudantes cumprindo um papel questionador e transformador, se lançando contra arcaicos preconceitos como fez a juventude nos anos 60. Este legado é o que deveria seguir primando, pois sem ele a universidade perde grande parte de seu sentido: a de pensar criticamente, buscando as potencialidades ainda não realizadas de si mesma, e da sociedade de conjunto. Mas não o faz. Casos como este mostram que por trás do discurso da “excelência” das universidades estaduais paulistas, está não somente um projeto excludente com o filtro do vestibular, mas essencialmente conservador em seu conteúdo ideológico, como podemos ver na ausência da discussão sobre racismo, machismo e homofobia nos currículos e a falta de incentivo às pesquisas e extensão que trabalham com esses temas.

O Interunesp foi criado pela reitoria com o nome "Jogos Unesp", em meados dos anos 70, em meio à ditadura militar, quando as/os estudantes cumpriam importante papel se organizando para combatê-la. Atualmente, este evento é organizado por “estudantes” associados nas Atléticas, recebe patrocínio de empresas como a Skol, Freegels e a Kraft Foods, movimenta milhões de reais e é o meio pelo qual alguns “estudantes” enriquecem fazendo carreira como promotores de eventos, além de desfrutar do respaldo da reitoria que, por exemplo, até no calendário oficial da UNESP, prevê e divulga anualmente o InterUnesp. Também é importante destacar que esta burocracia acadêmica, que sempre nega qualquer auxílio de transporte para as atividades do movimento estudantil, financiou com a maior tranqüilidade vários ônibus para o Interunesp neste ano, mesmo tendo conhecimento que este espaço legitima a opressão.

Um pouco de experiência com as diretorias e reitoria da UNESP ajuda a perceber o distanciamento entre seus propósitos e os interesses da humanidade. Os casos de violência contra a mulher são abafados pela reitoria e direções locais em cada oportunidade que assim conseguem fazer. São vários os casos de assédios, e até de estupro, dentro dos campi, que os administradores da Universidade omitem da própria comunidade acadêmica (funcionários, estudantes e professores). Além disso, a saída que apontam as “comissões de investigação” da burocracia acadêmica, escolhidas a dedo por diretores e reitoria, já chegaram ao ponto de punir as vítimas e deixar livre o agressor - como foi o caso ocorrido na UNESP de Rio Claro, em 2008, quando uma comissão criada pela diretoria do campus não puniu um aluno estuprador, mas sim sua vítima acusando-a de ter incentivado à ação. A postura que tomam estes administradores não pode ser compreendida sem destacarmos o poder que concentram a partir de uma arcaica e antidemocrática estrutura de poder onde são eleitos por uma pequena casta de professores (além dos reitores, que são escolhidos diretamente pelo governo do estado, como foi o caso de João Grandino Rodas, USP), ficando praticamente ausente a opinião de funcionários e estudantes.

Em declaração pública sobre o caso, no site da Unesp, a reitoria deixa um posicionamento vago quanto à punição aos estudantes que cometeram a violência, tentando se isentar em base nos procedimentos burocráticos aos quais o caso deve ser submetido. O que não vem a público é que a punição aos movimentos em defesa da universidade pública e democrática é imediata e voraz. Por exemplo, neste momento 14 estudantes da moradia da USP estão ameaçados de expulsão, sindicalistas do SINTUSP são demitidos e processados e estudantes da UNESP de Bauru também estão sendo perseguidos. Ou seja, dois pesos, duas medidas. De um lado a conivência e do outro a repressão aberta contra aqueles que resistem aos ataques à universidade pública e contra as políticas de maior elitização.

Também não faltam medidas para tentar impedir a realização de verdadeiras festas dos estudantes isentas das brutalidades que aconteceram no Interunesp, como se expressa atualmente na ofensiva contra o "IFCHSTOCK", na Unicamp, com ações judiciais, sindicâncias e invasão da PM no campus para apreender toda a infra-estrutura da festa. É importante ressaltar que o "IFCHSTOCK" ocorre há anos naquela Universidade, sendo um importante espaço de manifestação cultural e apropriação do espaço público para fins públicos. Diante disso, as/os estudantes do Instituto de Economia da UNICAMP, onde está ocorrendo a repressão, decidiram fazer uma heróica greve, que se enfrenta com esse cerceamento das liberdades estudantis sobre a universidade e também contra a repressão que a reitoria quer impor aos estudantes.

O que entrelaça esta fina rede de interesses é o projeto de privatização para a educação, baseado na exclusão da maior parcela da juventude, principalmente da juventude trabalhadora e pobre, mas também na aplicação de um ensino restritivo, meramente voltado à qualificação de mão-de-obra, em detrimento do caráter reflexivo do conhecimento que se espera dessas instituições e que é materializado por esses mesmos senhores que não punem atrocidades como esta, pois são coniventes com a visão de mundo e projeto de sociedade ali representados.

A reflexão sobre este caso específico, ou seja, sobre a opressão e violência às mulheres nas universidades deve se dar à luz do contexto das eleições nacionais, onde vimos os candidatos a presidência desse país disputarem o posto de quem é o maior inimigo dos direitos democráticos das mulheres e dos homossexuais, numa enorme campanha contra o direito ao aborto e ao casamento igualitário, contribuindo para uma cultura e ambiente hostis aos direitos democráticos das mulheres, dos negros e homossexuais, enfraquecendo os que lutam por eles e fortalecendo os que reproduzem essa moral opressora, favorecendo práticas como o “rodeio de gordas”.

Defendemos uma sociedade livre, onde as pessoas possam ser gordas ou magras, hetero ou homossexuais etc., sem serem punidas, agredidas e humilhadas por isso. Defendemos o fim de toda e qualquer forma de opressão às mulheres e também uma universidade realmente pública, que seja um centro difusor de conhecimento e uma ideologia não opressora, e que toda a população tenha acesso. Não somente condenamos, mas combatemos práticas como o "rodeio de gordas", que na verdade estão presentes nas universidades desde os trotes aplicados por veteranos contra ingressantes, quando também não são poucos os casos de agressão, humilhação, assédio, machismo etc. Louvamos a iniciativa das estudantes de Assis que denunciaram o caso e que impulsionaram o primeiro ato em resposta a essa atrocidade, realizado semana passada, no campus de Assis e nos somamos aos gritos dessas/es colegas, assim como de todas/os em geral que estão indignados com esse fato, de “Abaixo a ditadura da beleza!”

Como resposta a essas agressões e perseguições não podemos ter nenhum sopro de confiança nas diretorias e reitoria. Para a superação definitiva dessas práticas e a punição aos agressores, é necessária uma ampla campanha, com todos os instrumentos de divulgação, como cartazes, notas públicas, vídeos, manifestação de intelectuais, abaixo-assinados, atos, debates, que desde já nós do DCE nos propomos a organizar, impulsionando uma ampla campanha, além da criação de uma comissão de investigação que seja independente da reitoria e direções locais e que se enfrente diretamente com as intenções apaziguadoras dos administradores e, quem os escolheu, o governo do estado. Colocamos-nos a construí-la efetivamente, somando forças com todos os setores progressivos da sociedade.
É nesse sentido que chamamos todas/os as/os estudantes, funcionários, professores, bem como todas as organizações políticas, grupos feministas, de direitos humanos, sindicatos e movimentos sociais em geral, para que juntos possamos construir um amplo ato no próximo dia 17, em frente a reitoria da UNESP no Anhangabaú em São Paulo , declaradamente contra a opressão e a violência às mulheres, mas também em defesa da permanência estudantil em nossas faculdades que já vem sendo motivo de mobilização e que levou a realização de um importante ato no último dia 15 de outubro com mais de 100 estudantes. Também queremos levantar a demanda de expansão de vagas com verbas para que seja com qualidade, assim como nos manifestarmos contra a reforma universitária tucana que vem sendo implementada nas estaduais paulistas, com João Grandino Rodas assumindo a dianteira destes ataques. Apoiamos e nos somamos a todas as iniciativas e atos locais organizados em repúdio a essa violência como o ato que ocorrerá amanhã (04/11) no campus da UNESP de ASSIS.

Também vamos organizar um grande Festival INTERUNESP Contra a Opressão nos dias 26 e 27 de novembro que possa ser um espaço de confraternização em contraponto às festas que legitimam as opressões. Chamamos a todos as/os estudantes a se integrar de todas essas ações contra a opressão a começar realizando assembléias de base até o dia 11/10 para organizar atos, atividades e debates locais e a participação nestas atividades gerais.


Para darmos um basta à opressão e violência às mulheres, todos ao ato na reitoria da UNESP no próximo dia 17!

Organizar um grande Festival INTERUNESP contra as opressões!

Pela punição aos agressores que praticaram o “rodeio de gordas” no INTERUNESP!

Nenhuma confiança nas diretorias e reitoria que abafam os casos de violência às mulheres e não punem os agressores, Comissão Independente de Investigação para apurar o caso!

Por uma ampla campanha em todas as Universidades contra o machismo e a opressão!

Diretório Central dos Estudantes da UNESP/Fatec – Helenira Rezende
dceunespfatec.blogspot.com
Entre em contato com o DCE para organizarmos juntas/os essa luta: dceunespfatec@gmail.com

Declaração do DCE à imprensa: É preciso que os estudantes combatam o machismo e a discriminação às mulheres

A seguir encontra-se uma nota escrita pelo Diretório Central dos Estudantes da Unesp e da Fatec para publicação em mídia jornalística, como resposta ao caso de violência que se expressou no Interunesp 2010, ocorrido em Araraquara (SP).

É preciso que os estudantes combatam o machismo e a discriminação às mulheres

O meio universitário deveria irradiar os valores mais avançados da sociedade. Isso se fez real em vários momentos históricos, com os estudantes cumprindo um papel questionador e transformador, se lançando contra arcaicos preconceitos. Foi assim na Europa durante os anos 60 do século passado. Foi assim no Brasil durante o mesmo período. Este legado é o que deveria seguir primando, pois sem ele a universidade perde grande parte de seu sentido: a de pensar criticamente, buscando as potencialidades ainda não realizadas de si mesma, e da sociedade de conjunto.

Isso torna ainda mais chocante e inadmissível a demonstração de machismo e desrespeito total demonstrada por uma minoria dos estudantes da UNESP, uma das mais importantes universidades do país, durante a ação que tomou as páginas dos jornais e escandalizou o país tornando-se conhecida como “rodeio das gordas”. É realmente difícil acreditar que em pleno século XXI, e no interior da universidade pública, existam setores que propaguem tão abertamente os mais opressores preconceitos, rebaixando as mulheres a meros objetos – neste caso de zombaria – para seu deleite. Casos como este mostram que por trás do discurso da “excelência” das universidades estaduais paulistas, está não somente um projeto excludente com o filtro do vestibular, mas extremamente conservador nos valores.

O Interunesp é o torneio organizado por estudantes associados nas Atléticas. Tem o patrocínio de empresas como a Skol, Freegels e a Kraft Foods. Movimenta milhões de reais e é meio de sobrevivência de uma série de “estudantes” que fazem carreira como promotores. Desfruta do respaldo da reitoria que divulga o evento anualmente no calendário oficial das atividades acadêmicas. A reitoria não pode, portanto, simplesmente lavar as mãos pelo que lá acontece. Em nota pública de 28/10, a reitoria da Unesp mostra que sua preocupação se baliza em manter a imagem da universidade, e anuncia como única providência a abertura de um processo disciplinar e a formação de uma comissão para tal.

Porém, o problema demonstra ser mais sério. São vários os casos de assédios, e até de estupro, dentro dos campi, que os administradores da universidade omitem ou formam comissões de investigação que tem seus membros escolhidos a dedo pelos diretores e reitoria, isolando a comunidade universitária, e que não funcionam, deixando impune o agressor – como ocorreu em um caso de assédio na Unesp de Rio Claro, em 2008.

Por outro lado, a punição dos que se manifestam em defesa da universidade pública é imediata, com sindicâncias e até demissões de dirigentes sindicais. Enquanto são coniventes com festas e ações como essa, querem proibir o "Ifchstock", um importante espaço de manifestação cultural da Unicamp em que não ocorrem essas barbaridades, tendo utilizado a força da Polícia Militar e processos judiciais para coibir este evento. Por isso, estudantes da economia e ciências humanas da Unicamp estão em greve.

Para a superação definitiva dessas práticas e a punição aos agressores, é necessário a organização de uma ampla campanha, que envolva uma comissão de mulheres independente da reitoria e direções locais, que investigue e puna os agressores. Esta comissão de mulheres tem todo apoio do Diretório Central dos Estudantes que se compromete e convoca todos os setores progressivos da sociedade a construírem um amplo ato no dia 17 de outubro, em frente a reitoria da Unesp, no qual mais vozes se somem ao clamor dos estudantes que se manifestaram contra a ditadura da beleza, criando um ambiente em que machismo e preconceito de nenhum tipo possam existir.

Declaração do Diretório Central dos Estudantes da Unesp/Fatec

Edital 1/10 – Eleições para o Diretório Central de Estudantes da UNESP e da FATEC

Edital 1/10 – Eleições para o Diretório Central de Estudantes da UNESP e da FATEC

A partir de deliberação de dois terços de estudantes delegadas e delegados pela base no XIX Congresso de Estudantes da UNESP e da FATEC, a comissão eleitoral convoca as chapas interessadas em compor o DCE – HR da UNESP e da FATEC a se inscreverem para o processo eleitoral, seguindo as regras abaixo estipuladas:

Art. 1o.: Sobre as inscrições:
As chapas devem se inscrever entre o período de 28 de outubro de 2010 a 25 de março de 2011;
O ato da inscrição deverá ser feito via web, pelo endereço eletrônico eleicoesdce2011@yahoo.com.br, com acesso permitido apenas pelos membros da comissão eleitoral abaixo listada, para posteriormente serem disponibilizados, após aceitas, ao conjuto de estudantes por todos os meios a nosso alcance;
Para inscrever-se, a chapa deve estabelecer um nome e um programa que determine suas posições políticas.

Art.2o.: Sobre os membros:
Serão aceitas e aceitos membros que comprovem estar regularmente matriculadas/os em cursos de graduação e/ou pós-graduação em qualquer Faculdade de toda a UNESP ou qualquer campi da FATEC, devendo enviar ao endereço de recebimento de inscrição esses comprovantes junto ao programa.
A chapa deve conter, no mínimo, 15 componentes, para garantir que tenha capacidade de compor todas as cadeiras no caso de chapa única, sendo que não existe um número máximo para composição de chapa.

Art. 3o.: Sobre as eleições:
As eleições serão realizadas no próximo Congresso de Estudantes da UNESP e da FATEC, com data definida para os dias 21 a 24 de abril do próximo ano, com local a ser definido entre Bauru, Botucatu ou Rio Claro, conforme deliberação do XIX CEUF e encaminhamentos do DCE Provisório.

Tem direito a voto para eleger o DCE apenas estudantes delegadas/os pela base, a ser estabelecido no próximo Conselho de Entidades da UNESP.
As eleições são proporcionais, ou seja, cada chapa passa a ocupar em cadeiras a proporção equivalente aos votos recebidos, sendo que, arredonda-se a fração abaixo de 0,5 para baixo e acima de 0,5, para cima.

Art. 4o.: Sobre os debates:

Entre as datas de prazo para inscrições e as datas do XX CEUF, serão realizados 3 debates entre as chapas, com datas a serem definidas conjuntamente com as chapas inscritas, respeitando suas possibilidades de comparecimento a cada encontro.
Assim sendo, considera-se aberto o processo eleitoral para o Diretório Central de Estudantes da UNESP e da FATEC.

Assinam esse Edital os seguintes membros da Comissão Eleitoral:

Cainã – UNESP/Bauru
Juliana – UNESP/Rio Claro
Cabron – UNESP/Rio Claro
Letícia – UNESP/Marília
Allan – UNESP/Marília
Mara – UNESP/Rosana

28 de outubro de 2010
Comissão eleitoral para as eleições de 2011

1 de novembro de 2010

Pelo direito de decidir! A Unesp incorporou-se ao ato Latino Americano e Caribenho pela Descriminalização do Aborto

O movimento estudantil da Unesp vem avançando em pensar as contradições da sociedade capitalista e a opressão às mulheres. Exemplo disto foi a realização, no Congresso dos Estudantes da Unesp e da Fatec (CEUF) , ocorrido no campus de Marília entre os dias 17 e 19 de setembro de 2010, de grupos de discussão sobre opressão em horários distintos dos demais temas, possibilitando que todas e todos estudantes pudessem participar das discussões a respeito da opressão, não ficando este tema secundarizado ou concorrendo com os demais. Isto resultou num importante avanço no programa do movimento estudantil pela luta dos direitos democráticos das mulheres, fato traduzido em várias campanhas aprovadas na plenária final do CEUF.

Uma destas campanhas foi a construção, pelos estudantes da Unesp e da Fatec, do Ato Latino Americano e Caribenho pela Descriminalização do Aborto, no dia 28 de setembro. A criminalização do aborto é um ataque direto a um direito democrático básico das mulheres, que é o de decidir pelo próprio corpo. No Brasil, a cada duas horas uma mulher é assassinada e mais de um milhão de mulheres praticam aborto clandestinamente por ano, sendo que mais da metade destes abortos são praticados em condições de risco à vida da mulher. Salienta-se que não bastasse este prática ser desprovida de segurança, a mulher é reprimida brutalmente e condenada pela sociedade por exercer este direito democrático. Entretanto, sabe-se que as mortes em decorrência do aborto têm cor e classe: são as mulheres trabalhadoras, e na sua maioria mulheres negras, as que mais sofrem pelo aborto clandestino, por não terem condições financeiras de arcar com um procedimento cirúrgico de segurança, como o fazem as mulheres ricas. De fato a violência contra a mulher não se manifesta de igual maneiras e potencialidade nas classes.

O movimento estudantil da Unesp e da Fatec grita com todas as forças PELA LEGALIZAÇÃO DO ABORTO!


CHEGA DE MORTES EM DECORRÊNCIA DO ABORTO CLANDESTINO, PELO DIREITO DE DECIDIR PELO CORPO!


POR ABORTO LIVRE, SEGURO E GRATUITO À TODAS AS MULHERES!


E a construção do ato do dia 28 se deu com exposições artísticas, de cartazes e mesas envolvendo este tema. Em Rio Claro houve uma exposição de cartazes e fotos na biblioteca do campus e a realização de uma fala expondo a campanha na Semana de Estudos da Geografia. Houveram exposições também no campus de Marília, São Vicente, Franca e Rio Preto.
No campus de Marília as/os estudantes organizaram uma exposição simulando um aborto clandestino. Abaixo encontram-se algumas fotos desta exposição.